06 Nov 2024
Nos próximos sexta-feira e sábado, dias 09 e 10 de Novembro, acontece em Limassol, no Chipre, a 3a. Reunião Interseccional do Painel 1, focado nos Atuns Tropicais, as Albacoras Lage (YFT), Bandolin (BET) e o Bonito Listrado, ou Gaiado (SKJ).
Sem dúvidas que será na continuidade do tema Limite de Captura e possível alocação de cotas BET que as discussões vão prevalecer, mas tambem nas atualizações e análises da última avaliação de estoque do YFT e no desenvolvimento do MSE para o W- SKJ, o Bonito Listrado de Oeste, o Gaiado, predominantemente capturado no Brasil.
Na sequência, entre os dias 11 e 18, acontecerá a 24a. Reunião Especial da Comissão em todos seus Painéis, Comitês e Grupos de Trabalho, destaque para o Painel 4, os Peixes de bico, os cações e os pequenos atuns.
Na última segunda feira, dia 04, sob convocação do MPA, o CPG Atuns e Afins se reuniu em sua 6a Reunião Extraordinária, com o objetivo de apresentar a estratégia com que pretende propor o pagamento do limite excedido em 2023 para a BET, assim como para apresentar, mais uma vez, o método de expansão estatística para consolidar as capturas brasileiras de espécies sob controle ICCAT, considerando que a cobertura, ou entrega de Mapas de Bordo não é absoluta.
Nada se falou de possíveis realocações de cotas por modalidade em 2024, o que imaginamos, deva ter influenciado na decisão da estratégia, uma vez que demonstraria à Comissão qual o caminho ou intenção do país em internalizar e ajustar aquilo que lhe é concedido.
O nosso último texto acabou sendo foco de críticas e reclamações fortes, que acatamos! Faz parte, quem fala e se expõe deve estar aberto à críticas, mas a lógica parece valer só para um lado, pois nossos questionamentos e opiniões foram taxadas de ofensivas, nossa homenagem foi considerada comparação e, sinceramente, nos pareceu que há um excesso de emocional, gostaríamos de ter tido a oportunidade de rebater e argumentar ali mesmo, na plenária virtual, mas, apesar de termos sido citados diretamente, a coordenação nos negou o direito de resposta e logo se apressou em compor uma proteção, mudar de foco. Não vamos nos estender , mas voltamos a ler o texto, e sim, concordamos que a palavra "honestidade” seria bem substituída por "franqueza", mas não vimos uma conotação de ofensiva ao carater de A, B ou C e sim ,mantemos a crítica, encontramos sadio e construtivo que os números consolidados pelo uso de medologias estatísticas cheias de incertezas e suposições sejam, antes de remetidos a terceiras instâncias, discutidos e avaliados internamente. De novo, é questao de ponderar a soberania e nossa responsabilidade como nação neste tabuleiro ICCAT. Tabuleiro este que tivemos a oportunidade de dividir, perceber e aprender (um pouco) com o Professor Fabio Hazin, a quem queremos e manteremos homenagens ocasionais, em especial às vésperas das reunões mais importantes da Comissão, em lembrança e reconhecimento a atuações brilhantes, inspiradoras. Sem qualquer intenção comparativa, apenas pelo direito de expressar emoções, respeito.
Estaremos presentes, como observadores ALPESCAS, levaremos apoio e esperança que os interesses , objetivos e desenvolvimentos da Comissão sejam alcançados e, claro, lógicamente que a estratégia definida pelos gestores brasileiros seja bem sucedida e que consigamos minimizar ou diluir os efeitos do excedente de capturas BET de 2023, parcelando em 4 anos consecutivos, a partir de 2025. Esperamos ainda que haja oportunidade de conversar e vencer diferenças e empolgações , temos todos nossos momentos e nossos papéis, o nosso é o de opinar pelo interesse da produção nacional, nos reservando o direito de criticar, muitas vezes a nós mesmos quando desviamos de condutas sensatas, aos gestores quando entendermos cabível e a academia igual, impessoalmente, respeitosamente, construtivamente.
Sobre a gestão e o ordenamento do cação azul, entendemos e sob uma perspectiva regional e global, que a inclusão da espécie no Anexo II CITES acabou mais complicando do que ajudando a espécie, pois , hoje a humanidade parece buscar antagonismos, polaridades, e não consegue administrar com equilibrio produção e conservação, assim, setores tomados por conceitos pouco flexiveis, adminstrações e seus agentes usando de quase truculência para imposição de ideais. Usaremos de nossa condição multilateral, multi-oceanica para chamar a Comissão à reflexão,
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